
Agências dos Correios vão atender aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofreram fraudes com descontos indevidos por entidades associativas a partir do dia 30 de maio. O foco, segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, será a população que não tem o à tecnologia. As informações são da Agência Brasil. 1r6r12
A parceria com os Correios serviria para chegar em municípios menores, onde a tecnologia tem mais dificuldade para chegar e, por isso, essas pessoas não teriam o ao aplicativo Meu INSS, por exemplo, assim como sites oficiais ou ao número de telefone 135.
— O atendimento presencial é exclusivo nas agências dos Correios. As agências do INSS não receberão esse tipo de pedido. A gente tem uma outra demanda, uma outra finalidade para essas agências da previdência social. Mesmo porque a gente não tem a capilaridade que os Correios têm — explicou Waller.
São mais de 1.570 agências do INSS distribuídas em 700 municípios considerados de grande porte, sem a necessidade da população buscar atendimento presencial, segundo Waller.
Como vai funcionar o atendimento
O aposentado ou pensionista precisa levar um documento de identificação com foto a uma agência dos Correios. Se a pessoa tiver dificuldades de deslocamento ou estiver acamada, uma terceira pessoa pode ir até o local, mas será necessário levar uma procuração, sem a possibilidade de alterar dados cadastrais. A ida até a agência seria para saber se houve desconto indevido ou não, de acordo com Waller.
— A ideia é que os Correios, ao receberem essa pessoa, façam o atendimento, abram a tela informando se houve desconto, de qual associação, e se foi autorizado ou não. Ela fecha a manifestação automaticamente, recebe um protocolo com número, horário e data. Isso vai ter uma importância depois — , explicou
No fim de abril, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou um esquema de fraude no INSS, no qual associações realizavam descontos em pensões e aposentadorias sem que os beneficiários tivessem dado autorização.
As irregularidades incluíam a filiação forçada de aposentados a associações e o desconto automático de valores, sem qualquer consentimento dos segurados.
Segundo estimativas, cerca de 4,1 milhões de aposentados podem ter sido lesados, com um prejuízo total que pode chegar a R$ 6,3 bilhões.